ORGASMOS


A tua boca aproximou-se da minha sem escape possível. Comeste-me. Toda. Senti a tua lingua a entrar-me, molhada, quente, muito quente, varreu-me os dentes, o céu da boca, as paredes da boca, enroscou-se na minha.
Eu fechei os olhos.
Vía-te a devassares o que de mim resguardava e isso de alguma forma foi-me dando a tranquilidade e sentido para me focar unicamente na tua lingua, senti-la a dominar-me, sempre quente e molhada.
Lascivia. Tudo de mim era lambido e sugado.
Mas quando abri os olhos e vi os teus disparados nos meus à espera da reacção não aguentei. Fixei-te e senti-me inundar.

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