ELIZABETH


Mais que tudo vendía o olhar. Um tom quase assustado como um fontanário onde puseram lá peixes a endoidecer das voltas sem outra saída, águas turvas de verde lodo ou chuvas pesadas de céus que se abrem para lavar o mundo. Olhava como se fotografasse e não eram os seus que ficavam com a imagem aprisionada. Era muito mais de quem a fitava.

BUH!!!


AI QUE SUSTO!!!

DISCURSO DIRECTO



Terrivelmente barulhento, uma convulsão de exclamações que se desenvolvíam rápido, esclarecedoras, certeiras ao receptor, sem dúbios sentidos, um discurso no directo interesse de se dizer exactamente aquilo que se quer dizer e fazer-se entender na brutalidade do verbo que não tem outro significado.


A boca esteve sempre selada.


Os olhos é que provocavam todo aquele ruído. O público bateu palmas. De olhos fechados. Ensurdecidos por tanto dizer.