QUIETUDE



 
Até que os dias pequenos retornem e os olhos se pesem pelo frio que sopra, a inocência dos momentos irá diluir-se com a brisa que já se vai sentindo pela hora do lobo.
Raiam-se no céu os violetas e rosas e a nostalgia dos minutos capta o silêncio das cigarras interrompidas pela mudança dos verdes enquanto o olhar vagueia à procura do sol do riso, do sal do namoro da pele bronzeada. Os olhos azulam-se pelas memórias de tantas estações passadas quantas as águas olhadas no marulhar do horizonte.
Querer ver além.
Apontar o futuro e querer estar lá, trazer na bagagem o olhar das saudades.
 
 

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