Vá lá um sorriso. Mas ela nada. Nem um músculo se mexia ou mesmo um tremor no canto dos olhos que fizesse prever que a boca se havería de arquear para exibir o leve sorriso.
Vamos, um sorriso só. Mas ela nada. Mantinha os olhos muito abertos para não perder nada do que a rodeava, sempre alerta, sempre defensiva. A qualquer altura sería capaz de correr pela vida, escapar-se aos tiros e às mãos dos homens que a queríam levar para lhe arrancar primeiro o corpo, depois a alma.
Mas tu não ris? Ela nada. Não sabía o que era isso. E se soubesse já lhe tinha esquecido há muito, muito tempo atrás quando lhe havíam arrancado a inocência na infância do olhar.
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