Coquette.
A vida pedira-lhe provas e ela há muito que ensaiara maneiras de a enganar. E aos que vinham à procura de fantasias, magias, gestos inesperados como luz no escuro. Ela sabía como fazê-los vibrar, o toque certo no lugar palpitante, a emoção à distância de um dedo escorregado a dedilhar prazeres escondidos.
Coquette.
Quando a noite terminava e o dia bocejava ainda, saía de palco, tombava a personagem meio vestida, meio despida e arrancava a mascarilha que misteriosa sempre usava. Ensaiara tudo, tudo, menos o olhar que não enganava.
Sem comentários:
Enviar um comentário