Apercebe-se agora, lentamente, da sua redutora pequenez. Cegueira. Dos anos enrolados em preocupações de rigor, regras, leis e fundamentos sem noção artistica alguma. Da falta de poesia. Das horas paradas num silêncio pastoso em que não disse amo-te. Teve vontade mas não o disse. Da compostura hirta de não se zangar. De dormir a horas certas. De não lembrar dos sonhos nem dos pesadelos. De fechar os olhos ao Sol e fechá-los por ser tempo de Lua. E agora que está só a cegueira ilumina-a com tantos olhos que não tem tempo para guardar tudo.
CEGUEIRA
Apercebe-se agora, lentamente, da sua redutora pequenez. Cegueira. Dos anos enrolados em preocupações de rigor, regras, leis e fundamentos sem noção artistica alguma. Da falta de poesia. Das horas paradas num silêncio pastoso em que não disse amo-te. Teve vontade mas não o disse. Da compostura hirta de não se zangar. De dormir a horas certas. De não lembrar dos sonhos nem dos pesadelos. De fechar os olhos ao Sol e fechá-los por ser tempo de Lua. E agora que está só a cegueira ilumina-a com tantos olhos que não tem tempo para guardar tudo.
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