Há já algum tempo que me desinteressei do que dizem os homens. A verdade esconde-se. É como um caramelo que se molda aos cantos da boca, dos dentes, que se cola e se disfarça enquanto se conversa, vai adoçando o pior dos temas e faz suportar o mais enfadonho dos interlocutores. Mas temo o olhar. Desse não há perdão. Por muitos ensaios e truques, um dia trai-nos e cai a máscara. Não engana. Ou se enfrenta ou se desvia para não mentir. Suponho que seja por isso que cerram os olhos aos que partem. Para que não se lhes descubra a verdadeira essência e se guarde deles uma imagem [quase] perfeita do que foram.
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