PRIMAVERAS DO OLHAR


O que denomina a beleza de um olhar não é tanto a sua cor ou a maquilhagem cuidada no das mulheres ou o ensaiado no engate dos homens. É muito mais o que ele reflecte enquanto capacidade para enfrentar, fixar e transmitir. É a revelação do que lhe vai por dentro que isto em boa verdade, os olhos mudam de cor e até passam do negro profundo ao azul água sem esquecer que embora não se apercebendo o estado de alma pode muitas das vezes atravessar o ensanguentado vermelho de raiva. Não temer o que traduz um olhar ou encarar o alheio, assumir a sensibilidade de uma água salina ou ainda o cerrar de olhos pelos opostos de beleza e crueldade é sinal de plenitude e sabedoria do próprio, paz interior e partilha de emoções. É por isso que há olhares que nunca esquecemos e que mesmo vincados pelos sinais do tempo a sua frescura nos lembra uma manhã de Primavera.

1 comentário:

marisa disse...

o teu não o conheço, mas pelo que sai da tua pena, deve ser muito, muito especial.
tb. gosto muito deste teu espaço. mas preciso de tempo, que neste momento escasseia, para te apreciar bem, como quero e mereces. por isso, estou presente, nunca o deixarei de estar, mas mais silenciosa...em pezinhos de lã.
um olhar de admiração

marisa