Há quem lhe chame amor à primeira vista.
Nunca fui romântico, pelo menos não me acho assim, prefiro pensar em beleza, sabem, uma daquelas obras belissimas que estão no museu e só de as olharmos entendemos perfeitamente a solenidade e a razão de lá estarem.
Pois foi isso que senti mal bati os olhos nela. Uma quase vontade de me ajoelhar e ficar contemplativo até sentir a bebedeira dos sentidos vergar-me pelo dominio do que é superior.
Sei lá... os olhos dela parecíam lagos. Daqueles de fundo cristalino que dá para ver tudo até ao fundo macio de areia fina...
Há quem diga que foi amor à primeira vista... Não sei, só sei que me afoguei na liquidez daqueles olhos e do que parecía um espelho de água até hoje debato-me para que a água não me encha os pulmões...
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