Era vaidade o que lhe maquilhava os cilios, profunda, quente, e nem por um momento o fotógrafo lhe desviou os olhos com o medo de perder o exclusivo de enquadrar na chapa um fogo rubro que o electrizava.
Ela de pose. Deixava-se ceder na longilínea arte de perfil.
Ele apurou o olho aberto, o outro ocupado no diafragma, uma pequena explosão de luz cega.
Foi quando ela o olhou e ele se sentiu fulminado a sépia.
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