OLHO-ME
Quando foi que o olhar se perdeu, o sal que condimentava as imagens da minha vida e me fazíam alargar a boca em sorrisos silenciosos se desfez numa água salobra sem razão?
Quando foi que desaprendi de cerrar o olhar, me esqueci dos rios de lágrimas que me brilhavam na cara e de te ver reflectida neles?
Quando foi que fiquei cego aos homens e às coisas e as coisas passaram a ser homens e estes tiveram pena de mim porque não me podíam ensinar o que eu esquecera?
OLHO-ME MAS NÂO ENCONTRO AQUELE QUE FUI.
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